quarta-feira, 9 de novembro de 2011

REVOLUÇÃO & EVOLUÇÃO


Quem são os verdadeiros terroristas, os malfeitores, aqueles que deveriam viver atrás de grades, impedidos de ferir, torturar, maltratar, abusar outros seres vivos?
Muitas vezes a desobediência civil é a única coisa decente que resta a ser feita pelo homem de bem.



Todos os passos dados no sentido de tornar este mundo um lugar melhor, todos os passos dados na direção do reconhecimento dos direitos humanos e do fim das distinções que nos dividem, sempre foram através de SALTOS, que ocorrem durante um processo.
Não tenho notícia de que jamais estas conquistas tenham acontecido de forma linear, tranquila, através de um processo sem sobressaltos, sem enormes tumultos e grandes sacrifícios pessoais.
Não faz muito tempo Luther King esteve atrás de grades de uma prisão, para que pouco depois recebesse o Prêmio Nobel da Paz.
A sociedade instituída não costuma receber transformações profundas de sua dinâmica estabelecida sem disparar uma resposta agressiva.
Por isto mesmo, homens e mulheres de FIBRA precisaram contornar os limites do instituído, desafiando conceitos e dogmas estabelecidas, sob a falsa aparência de legalidade e tradição, para que COISAS realmente pudessem vir a acontecer.
Passado o GRANDE TRANSTORNO, as coisas se reacomodam, sob a forma de uma nova e provisória "estabilidade", reconhecida pela mente social sob a forma de criação de noivas leis e regulamentos, tão rígidos e inflexíveis quanto os anteriores.
Qualquer avanço significativo foi obtido desta forma: a luta contra o escravagismo, o reconhecimento dos direitos dos negros, do direito das mulheres ao voto e, mais recentemente, a sociedade ainda se debate, entre tapas e beijos, e considerável violência e brutalidade, pelo reconhecimento dos direitos dos homossexuais.
Tem sido assim até aqui. E com certeza continuará a ser.
Todos estes avanços se referiram apenas a "certificações" relacionadas aos direitos dos homens.
Não seria ou será diferente em relação ao passo ainda não dado: o reconhecimento dos direitos dos não-humanos. A revolução animal começa a entrar em andamento, e os atritos são muitos, maior ainda a oposição do social.
Qualificar atos de "insubordinação às regras" como atos terroristas é negar seu legítimo valor. IDEAIS são chamas que sempre "perturbaram" o instituído e, como tal, são vistos como crimes por quem tem "privilégios a defender".
A sociedade caracteriza-se por um "horror à mudança", já que é treinada a temê-la por todos os porta-vozes da propaganda social.
No máximo, consegue "dar um jeitinho", quando se vê obrigada a isso, e tentar conciliar a manutenção do status quo com uma "pequena reforma" (leia-se bem-estarismo e os movimentos "politicamente corretos" dentro da causa dos direitos animais).
NÃO ACEITE esta impostura: esta é uma tentativa de ANULAR o SALTO que precisa ser dado.
Não se faz uma "pequena reforma" de algo que é PODRE em essência.
E que SERÁ DADO, custe o que custar e a quem precisar custar.
Tremem os fracos, se desesperam os opressores e seguem em frente os justos, tocados pela chama de um IDEAL.
Você escolhe onde prefere estar.
A luta pode ser longa, mas É PRECISO LUTAR.
Você está conosco?

Um comentário:

  1. Texto maravilhoso! Ainda hoje tive que ver críticas contra pessoas revolucionárias e isso me deixa muito irritada. Estou com vocês nessa luta, inteiramente na luta pelos direitos dos animais. Fico realmente muito revoltada quando os criticam por lutar enquanto ficam sentados atrás do pc reclamando de tudo. Parece que as pessoas se sentem ofendidas em ver que alguém se esforça pra fazer a diferença. Não sei se é pra diminuir o feito, pra se sentir o direito de não fazer nada. Realmente não entendo. O que sei é que continuarei sempre a luta e que daria minha vida por isso!
    Parabéns pelo texto, ficou maravilhoso!

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